Nos últimos anos, o interesse na questão da mobilidade intergeracional recuperou a força. No entanto, na Argentina, o conhecimento da mobilidade de renda intergeracional é déficit desde estudos que tentam quantificar são quase inexistentes, entre outras razões, devido à falta de dados longitudinais. Portanto, o objetivo principal deste trabalho é medir e examinar a mobilidade intergeracional dos pais e filhos na Argentina, com base na aplicação de metodologias econométricas utilizadas na literatura empírica mais recente para dados não longitudinais. Isso, por sua vez, permitirá obter resultados relativamente comparáveis com os disponíveis para outros países, especialmente a latino-americana. As razões que justificam a análise da transmissão de renda entre gerações são várias. Entre eles destacam-se sua estreita associação com a transmissão intergeracional da pobreza (ponta) que, a partir de um ponto de vista macroeconômico e macrosocial, é um processo que, além de aprofundamento da pobreza, pode atrasar o crescimento econômico, entre outras razões para o seu impacto Acumulação de capital humano (Lucas, 1988, Becker et al., 1990). Precisamente, muitas decisões sobre investimentos no capital humano são realizadas pelos pais no bem-estar de seus filhos. Então, a família desempenha um papel central no estudo do investimento em capital humano à medida que destacam, entre outros, Becker e Tomes (1979) e Becker (1987). A dica também é uma limitação para o desenvolvimento porque reproduz assimetrias no acúmulo de ativos e situações, como falta de acesso a bens e serviços, educação de baixa qualidade para a inserção mais pobre e frágil da população no sistema produtivo. Neste contexto, as políticas públicas desempenham um papel primordial para promover o objetivo social relevante em questões de equidade. Para isso, um estudo da transmissão de renda intergeracional pode fornecer informações úteis para o desenho de políticas apropriadas. A análise da mobilidade intergeracional complementa os estudos de desigualdade de renda, pois permite observar o grau com que o status socioeconômico é transmitido entre gerações que é considerado como Indicador de igualdade econômica igual em uma sociedade. Além disso, a partir de uma perspectiva regulatória, há um consenso crescente de privilégio de oportunidades iguais, uma característica geralmente desejável para a sociedade, sobre a igualdade de resultados (tipicamente de renda).